quarta-feira, 7 de abril de 2010

Estou com uma recaída de adolescência daquelas brabas. Porque eu nunca tive problemas pra ir na escola, acordava e ia etc. Assistia as aulas, xingava, me virava, o tmepo passava até rápido, pelo que eu me lembro. E agora quando o despertador toca me vem a maldita imagem do 1ºC e eu quero morrer. Porque eu não tenho nada interessante pra falar pra eles. E eles sacaram que nada é tão interessante assim. Daí eu fico la pensando que eles poderia ler algo e eu poderia até incentivar algo desse tipo? Mas tem sempre aquele japones, ainda que não seja japones, que me pede com os olhos: mas, e afinal, o que é a tal velocidade média? Daí eu me sinto na obrigação de responder, mas quando saio de lá pela manhã eu só consigo pensar que tudo aquilo não vale a pena por causa de reais. Então eu pego o onibus e já penso: estou gastando meus reais. E chego em casa e não consigo fazer nada sério, só ler amenidades e ouvir pop de baixa qualidade. Então eles deveriam me pagar o dobro, já que cada hora lá equivale a umas duas horas de neutralização em relação ao universo. Outra coisa que eu fico pensando antes de dormir, além de na morte de criaturas de 16 anos, é no dia que eu vou cair fora. Porque eu vou cair fora etc. Está escrito. Todas as pessoas estão loucas? Porque é loucura trabalhar tantas horas por dia. Todo mundo está trocando tudo? Que merda. Eu acho ganhar reais realmente uma coisa lamentável. Quisera eu poder mandar tudo a puta que o pariu. Principalmente eles, vejam bem. Ainda que eu saiba que eu sou mais culpada do que os criminosos etc. Falta de altruísmo, mesmo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

a primeira coisa é a simpatia.

O caso todo começa por causa de uma falta de criatividade crônica. Desde que eu me entendo por gente essa falta de criatividade me acompanha. O problema é que o mundo fica muito chato, não importa o aspecto abordado. Pessoas criativas conseguem tornar coisas como equações diferenciais assuntos divertidos e aborda-los assim, num bar por exemplo. Pessoas não criativas são capazes de se perguntar: o que eu tenho que fazer para exercitar esse lado mais abstrato, mais subjetivo, mais curioso, mais mais? quando o ponto é que essas coisas não podem ser exercitadas.
Tendo a pensar que tudo é uma questão de tempo: quando se dá tempo para as coisas elas vão tornando-se interessantes e permetem que eu coloque a criatividade em jogo. Temo que essa seja uma impressão falsa. Já estou velha demais para descobrir talentos escondidos?
Porque todo esse processo tem uma participação enorme na sensibilidade e na percepção. Eu chamo isso também de criatividade. Então é um grande problema, e provavelmente continuará a sê-lo. (nunca escrevi essa palavra antes.) Mas agora eu tenho um compitador. Quero pensar mais nisso. Porque a outra solução, fora os exercícios, é o silêncio e a solidão. E tenho sido incapaz disso por toda a minha vida, mas essa máquina permite um pouco isso. É tão bom ler coisas inteligentes e pouco egocentricas. Ou que disfarcem bem, não importa, que diferença me faz?

Começo de novembro. É sempre o começo de alguma coisa?